05 outubro 2017

Utilidades da Tabela FIPE que você nem imagina – Entenda como ela é feita e para que serve

Muito se ouve falar sobre a Tabela FIPE, mas poucas pessoas sabem, de fato, como ela funciona e para que é usada.


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Pensando nisso, publico esse texto para sanar algumas dúvidas mais frequentes de quem está à procura de um veículo seminovo ou usado ou deseja vender o seu.
A seguir, você terá acesso a informações sobre o que é a Tabela FIPE, para que ela serve, como realizar uma consulta nessa ferramenta e, ainda, como as seguradoras a utilizam para realizar as apólices.
O que é e quem elabora a Tabela FIPE
A tabela FIPE é um estudo da média de preços que os veículos possuem no mercado. Ela é feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), por isso o nome, e atualizada a cada mês.
A Fundação que dá nome à tabela não tem fins lucrativos e produz materiais diversos que vão muito além da tabela, tão utilizada no mercado veicular. Suas pesquisas são variadas, sempre na área de economia, e vão desde as variações de custo de vida na cidade de São Paulo até oscilações no mercado imobiliário para locação de imóveis.
Essa tabela de preços de veículos começou a operar em 2000 e não traz preços exatos, mas uma média dos valores encontrados. Assim, são comuns as variações entre os estados e os preços podem diferir até 15% de um estado ou região para outro (a).
Na tabela FIPE, não são mostrados valores mínimos e máximos encontrados no mercado pelo mesmo veículo, apenas um valor médio.
Para chegar aos dados divulgados, a equipe de pesquisa da Fundação procura em diversos meios, como concessionárias, revendedoras, classificados de jornais, sites especializados no assunto, entre outros.
A pesquisa é realizada considerando modelos básicos, por isso, o valor final não deve ser tratado como absoluto.
A tabela abrange praticamente a totalidade de veículos disponíveis no mercado brasileiro. À exceção disso, ela não fornece informações quanto aos veículos de uso profissional ou especial, como viaturas e ambulâncias.
Para que serve e como funciona a Tabela FIPE
A Tabela FIPE exerce algumas funções muito importantes no nosso dia a dia. A primeira delas, que já citei na seção anterior, é catalogar e registrar os preços médios de compra e venda dos veículos no Brasil.
Nesse sentido, ela é uma ferramenta essencial nas negociações e avaliações de veículos que estão ou serão colocados no mercado. Dar uma olhada na tabela FIPE antes de comprar ou vender seu automóvel evita que você pague um valor muito alto pelo que adquirir ou receba um valor muito baixo pelo seu.
Uma segunda função dela, um pouco menos conhecida, é servir de base para calcular o valor do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Para saber o valor do imposto, você deverá multiplicar a alíquota pelo valor atribuído a seu veículo na tabela.
Os valores apontados dizem respeito a um valor referencial, ou seja, que será usado como referência, e não necessariamente colocado em prática da maneira que estão.
Esses preços são dados de acordo com a depreciação que o veículo sofreu ao longo do tempo. Isso quer dizer que o valor do veículo vai ser determinado a partir do desgaste que ele sofreu e, em alguns casos, pela variação econômica.
Assim, o valor de um carro de 5 anos vai ser proporcional à depreciação que ele sofreu nesse período.
Outros aspectos que vão afetar esse valor é o tipo de veículo, se ele é nacional ou importado e o tipo de combustível que utiliza. Esses estarão, quase sempre, abrangidos pelo preço da tabela FIPE.
Há, no entanto, outras características que ajudam a valorizar ou a desvalorizar um veículo. Alguns deles são: a quilometragem, se a documentação está em dia, se partes mecânica e elétrica encontram-se em ordem, se há sinais de corrosão ou de conserto na lataria, o fato de ter passado por acidentes, existência de acessórios, cidade da venda, etc.
Esses últimos, no entanto, serão considerados somente no momento da negociação.
A cor do veículo também influencia no preço que uma revendedora pagará por ele. Carros brancos, por exemplo, pela possibilidade de terem sido usados como taxi, possuem uma depreciação maior do que carros do mesmo modelo e ano, mas de cores diferentes.
Outros meios, como o Jornal do Carro, realizam um serviço parecido com o da Tabela FIPE e também são confiáveis na hora de consultar valores para trocar seu automóvel.
Passo a passo para consultar a Tabela FIPE
Para fazer uma consulta na Tabela FIPE, você deve seguir os passos abaixo:
1. Entrar no endereço: http://www.fipe.org.br/pt-br/home
2. Clicar em “Tabela FIPE Preço médio Veículos”, no lado direito da tela
3. Escolher o tipo de veículo que deseja consultar (Carros e utilitários pequenos; Caminhões e micro-ônibus; Motos)
4. Colocar o mês de referência da consulta
5. Adicionar a marca do veículo
6. Indicar o modelo e o ano do veículo
Algumas observações que faço para você:
· Dê atenção aos detalhes de cada modelo, como o tipo de combustível, se ele é 1.0, 1.4, 1.6, etc., para não consultar o veículo errado.
· O ano a que se refere a pesquisa é o ano do modelo, não o de fabricação.
Para evitar erros, faça a consulta com o documento do carro em mãos para utilizar as informações que estiverem nele. Assim, você terá certeza de uma consulta confiável e de acordo com as suas necessidades.
Como as seguradoras utilizam a Tabela FIPE
A relação dos seguros de automóveis com a tabela FIPE é simples.
As seguradoras utilizam os valores dela para determinar o quanto vale o veículo na data de contratação do seguro e, também, para pagar a indenização em caso de sinistro integral, quando o carro é roubado e não é recuperado ou ocorre perda total por um acidente, por exemplo.
No entanto, é preciso ter atenção a isso. O que muitas pessoas não sabem é que o valor de indenização não é o valor de quando o carro entrou no seguro.
Suponhamos que você fez um seguro em janeiro e seu carro valia, naquele momento, segundo a tabela FIPE, R$ 35.000,00. Em julho, você sofre um acidente e o carro dá perda total. O valor do seu carro, em julho, é R$ 32.000,00. Assim, você receberá R$ 32.000,00.
Indenização de seguro é feita de acordo com o valor encontrado na tabela FIPE no mês em que ocorre o pagamento, não com o valor do mês de contratação do seguro. Ocasiões em que o valor é pago no mês seguinte ao sinistro também utilizarão o valor do mês do pagamento.
Outra questão a que você deve estar atento é em relação aos acessórios do carro. De modo geral, eles não costumam estar cobertos pelo seguro. Caso o veículo venha de fábrica com esses acessórios, é possível que o valor deles esteja coberto.
Entretanto, em situações como essa, é imprescindível que você questione a seguradora ao contratá-la para não ter uma surpresa negativa depois.
O ideal, para quem deseja a proteção completa, é personalizar o seguro para que ele passe a dar cobertura para esses adicionais, com um seguro acessório ou aumentando o valor da apólice.
Atualmente, o máximo de percentual extra que a seguradoras permitem é de 10% do valor total para cobrir os demais elementos do carro que não estavam cobertos.
Verifique as regras da seguradora escolhida, pois isso vai depender da empresa contratada, e fique tranquilo com a opção selecionada por você.
Afinal, o assunto é sério e merece a sua atenção e cuidado.

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